Há alguns meses li este artigo no site RRPP Atualidades e achei bem interessante a abordagem dos alunos que escreveram. Compartilho com vocês.
Assessoria de imprensa: cabe a jornalistas ou relações públicas?
A prática de Assessoria de Imprensa é mais bem feita por Jornalistas ou por Relações Públicas? Essa é uma disputa dentro da qual estão envolvidos estudantes e profissionais de duas áreas da Comunicação Social. Há diversos pensamentos: algumas pessoas acreditam que é função exclusiva de uma dessas áreas; outras, que é uma atividade a ser feita de forma integrada.
Em primeiro lugar, é necessário explicitar quais são as designações de uma Assessoria de Imprensa. Seu principal objetivo é estabelecer e manter elos entre organizações ou pessoas com a mídia, criando uma relação de credibilidade para firmar-se como uma boa fonte de informação.
E, dentre as áreas citadas, quem é a responsável por administrar relacionamentos, sendo a mediadora entre público e entidade? Relações Públicas, certamente. É a principal premissa de RRRP.
Estabelecida essa relação, a Assessoria deve focar-se na elaboração de press releases, que contenham notícias da organização e que sejam de interesse público, para divulgá-los no momento adequado e para mais de um veículo de comunicação.
E são os Jornalistas quem têm mais experiência na elaboração de textos, já que convivem diretamente com esse encargo, embora essa não seja uma qualidade específica deles. São eles também os mais indicados ao relacionamento direto com os colegas de Jornalismo, pois sabem o que é relevante aos meios de comunicação e como eles atuam.
Ainda é uma grande função da Assessoria a tarefa de criar situações que favoreçam a imagem positiva do representado perante a opinião pública.
Novamente estamos tratando de uma função primordial da prática de Relações Públicas. É ela a responsável por criar uma identidade organizacional favorável junto aos seus públicos. O mapeamento, bem como o estudo de possíveis reações da opinião pública é outro posto de RRPP.
Também é tarefa exclusiva de Relações Públicas trabalhar com a Comunicação Organizacional, utilizando-se de diferentes ferramentas, buscando a compreensão do funcionamento de uma organização para administrá-la melhor. Estamos falando de mais uma função da Assessoria de Imprensa.
Formada em Jornalismo, a apresentadora da TVE-RS Lena Kurtz vê que a Assessoria de Imprensa “mesmo contando com um Relações Públicas, deve obrigatoriamente estar presente um Jornalista”. Ela ainda acrescenta que “há o risco de o Jornalista perder a isenção devido ao jogo de interesses”. Lena também pensa que “o Relações Públicas tem a vantagem quanto à aproximação junto às pessoas, sendo um aglutinador. Seu outro mérito é que o RRPP pode criar fatos para virar notícia, enquanto o Jornalista apenas noticia”.
Por seu lado, a professora Neka Machado, formada tanto em Jornalismo quanto em Relações Públicas, afirma que existem legislações em ambas as profissões. “O que conta é o mercado de trabalho, que exige a competência”, afirma a docente. Ela deixa claro que é necessário que os profissionais parem com a “ignorância de disputa de campo, pois, caso continuem, outras áreas podem se interessar pela Assessoria”.
Nos Estados Unidos e em alguns países da Europa, há normas rígidas quanto ao trabalho de Jornalistas em Assessorias de Imprensa. Eles acabam perdendo provisoriamente seus registros, ficando, assim, proibidos de trabalharem em veículos de imprensa. O que vale dizer que, enquanto estão exercendo a função de Assessor, eles não são Jornalistas.
Em primeiro lugar, é necessário explicitar quais são as designações de uma Assessoria de Imprensa. Seu principal objetivo é estabelecer e manter elos entre organizações ou pessoas com a mídia, criando uma relação de credibilidade para firmar-se como uma boa fonte de informação.
E, dentre as áreas citadas, quem é a responsável por administrar relacionamentos, sendo a mediadora entre público e entidade? Relações Públicas, certamente. É a principal premissa de RRRP.
Estabelecida essa relação, a Assessoria deve focar-se na elaboração de press releases, que contenham notícias da organização e que sejam de interesse público, para divulgá-los no momento adequado e para mais de um veículo de comunicação.
E são os Jornalistas quem têm mais experiência na elaboração de textos, já que convivem diretamente com esse encargo, embora essa não seja uma qualidade específica deles. São eles também os mais indicados ao relacionamento direto com os colegas de Jornalismo, pois sabem o que é relevante aos meios de comunicação e como eles atuam.
Ainda é uma grande função da Assessoria a tarefa de criar situações que favoreçam a imagem positiva do representado perante a opinião pública.
Novamente estamos tratando de uma função primordial da prática de Relações Públicas. É ela a responsável por criar uma identidade organizacional favorável junto aos seus públicos. O mapeamento, bem como o estudo de possíveis reações da opinião pública é outro posto de RRPP.
Também é tarefa exclusiva de Relações Públicas trabalhar com a Comunicação Organizacional, utilizando-se de diferentes ferramentas, buscando a compreensão do funcionamento de uma organização para administrá-la melhor. Estamos falando de mais uma função da Assessoria de Imprensa.
Formada em Jornalismo, a apresentadora da TVE-RS Lena Kurtz vê que a Assessoria de Imprensa “mesmo contando com um Relações Públicas, deve obrigatoriamente estar presente um Jornalista”. Ela ainda acrescenta que “há o risco de o Jornalista perder a isenção devido ao jogo de interesses”. Lena também pensa que “o Relações Públicas tem a vantagem quanto à aproximação junto às pessoas, sendo um aglutinador. Seu outro mérito é que o RRPP pode criar fatos para virar notícia, enquanto o Jornalista apenas noticia”.
Por seu lado, a professora Neka Machado, formada tanto em Jornalismo quanto em Relações Públicas, afirma que existem legislações em ambas as profissões. “O que conta é o mercado de trabalho, que exige a competência”, afirma a docente. Ela deixa claro que é necessário que os profissionais parem com a “ignorância de disputa de campo, pois, caso continuem, outras áreas podem se interessar pela Assessoria”.
Nos Estados Unidos e em alguns países da Europa, há normas rígidas quanto ao trabalho de Jornalistas em Assessorias de Imprensa. Eles acabam perdendo provisoriamente seus registros, ficando, assim, proibidos de trabalharem em veículos de imprensa. O que vale dizer que, enquanto estão exercendo a função de Assessor, eles não são Jornalistas.
Essa disputa é um tema deveras polêmico. Certamente, se prolongará por mais alguns anos. Talvez, o mais correto e benéfico seria integrar, em uma Assessoria de Imprensa, tanto Jornalistas, quanto Relações Públicas, já que ambos têm condições intelectuais para a função. A Assessoria é um setor muito amplo, com distintas necessidades, e cada um desses profissionais é necessário para cumprir os objetivos dela. Desde que sejam competentes, dedicados e eficientes, a titulação será mero detalhe.
Autores:
Guilherme Max Silva
Ariel Soldatelli
Felipe Hammes Rodrigues
Antonia Abichequer
Gustavo Jacques de Souza Dornelles
Autores:
Guilherme Max Silva
Ariel Soldatelli
Felipe Hammes Rodrigues
Antonia Abichequer
Gustavo Jacques de Souza Dornelles
3 comentários:
Muito bom o texto mesmo ^^ obrigado pela divulgação Fabi
Realmente este assunto é muito polêmico!
Veja Ivy Lee que "deixou" de ser jornalista para se dedicar ao ramo de assessoria e hoje é estudado em Relações Públicas como representante do segundo modelo de Rp aprsentado pelo professor James Grunig.
Como dito no texto, a assessoria de imprensa pode ser desempenhada pelas duas profissões. Sou estudante de RP e desejo trabalhar com assessoria!
Adorei o seu Blog!
É verdade. O assunto sempre será polêmico, não adianta... rsrs
Trabalhei com assessoria de imprensa uma época e achei bem bacana!
Brigadão!
Bjss
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